OBEDIÊNCIA NOSSA OU IDENTIFICAÇÃO E FÉ NAQUELE QUE DE FATO OBEDECEU
“Destruindo os conselhos, e
toda a altivez que se levanta contra o conhecimento de Deus, e levando cativo
todo o entendimento à obediência de Cristo.” (II Coríntios 10:5)
Há neste versículo uma profunda revelação que, à luz dos registros originais, traz um entendimento literalmente libertador. Muitas traduções apresentam a obediência como sendo “a Cristo” em vez de obediência “de Cristo”. Se entendermos que somos nós que devemos obedecer a Cristo, por nós mesmos jamais alcançaremos este nível de perfeição. Entretanto, se depender da obediência manifestada por Cristo, em quem por fé estamos posicionados por identificação, aí sim teremos êxito.
Ao nascermos
do ponto de vista natural, independentemente do que fazemos, somos
participantes da natureza adâmica (de Adão) e, portanto, pecadores por melhor
que seja nosso caráter. De outra forma, quando nos convertemos a Cristo,
acontece conosco um novo nascimento que nos desliga dessa natureza adâmica e
nos conecta à natureza de Cristo; nos desliga da árvore do conhecimento do bem
e do mal e nos conecta à árvore da vida, que é Cristo. Esta nova natureza nos
beneficia e nos livra do domínio do pecado, que foi o desligamento de Deus a
partir da decisão de Adão de passar a depender, não mais de Deus (por dúvida
instigada por Lúcifer), e sim de si mesmo, de onde se origina todo o
comportamento egoístico.
A consciência
de culpa ou de condenação que marcou de tal maneira a mente do homem ao ponto
de ser, sem dúvida nenhuma, o fator responsável por todos os distúrbios de sua
saúde, iniciando pelo desgaste da alma e estendendo-se inevitavelmente para
todo o organismo. Suportar pressões e tentar superar desafios com base nos
próprios esforços, crer que pela autossuficiência pode resolver todas as
coisas, é o caminho para auto conduzir-se à morte em todos os sentidos.
De outra
forma, estar em Cristo, livra-nos da consciência de culpa ou de condenação e
libera-nos o acesso à ressurreição e vida eterna. Jesus Cristo, por sua obra na
cruz, movido obviamente por amor, cumpriu totalmente a lei, e nós,
identificados com ele em sua morte na cruz e ressurreição, alcançamos também o
mesmo intento (de cumprir a lei) com a simples condição de crer nele (que ele
nos ama), assim como diz o mandamento que vigora para nós hoje (I João 3:23).
Não há como
controlar comportamentos carnais com a força da própria carne. Precisamos renovar
nossa mente e, para renová-la, a única forma é crermos que estamos justificados
por Cristo sem o peso da condenação. É crendo que somos justos que teremos
comportamentos de justos. Jamais seremos justos por mecanismos de
autocontrole... jamais agradaremos a Deus sob a ótica da árvore do conhecimento
do bem e do mal. A reconciliação com Deus Pai é, na verdade, crer que ele nunca
deixou de nos amar e que ele nunca quis que ficássemos expostos à
vulnerabilidade gerada pela independência ou autossuficiência.
Crer correto
gera resultados corretos!
Com carinho,
Flávio e Aline
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