A SÍNDROME DA CEGUEIRA E DUREZA DE CORAÇÃO IMPEDE A LIBERDADE E A VIDA ABUNDANTE
“Certo credor tinha dois devedores;
um lhe devia quinhentos denários, e o outro cinquenta. Não tendo eles com que
pagar, perdoou a ambos. Qual deles, pois, o amará mais?” (Lc 7:41,42)
Creio que um dos maiores problemas da
humanidade nos dias de hoje não é exatamente o pecado ou o coração corrupto. Esses
são males que têm cura. O mais difícil é fazer com que as pessoas entendam que
são efetivamente pecadoras e que não há nenhuma outra solução a não ser pelo
reconhecimento da culpa, da sua dimensão impagável, e pelo genuíno
arrependimento diante daquele que se apresentou como Redentor movido por amor e
graça.
Pois, chamou-me a atenção hoje um
artigo publicado na internet com o título “Fundamentalismo religioso é causa de
graves transtornos mentais”, tendo como autora dessa tese uma psicóloga e filha
de missionários da Assembleia de Deus. Referindo-se a esse problema como Síndrome
do Trauma Religioso, esta psicóloga relata algumas de suas experiências e
informa que tem se dedicado a auxiliar aos que passam por situações semelhantes
às suas.
Bem, quero dizer que admiro esse
trabalho, mas me parece apresentar um enfoque de certa forma tendencioso. Não
precisamos de modo nenhum defender denominações religiosas e muito menos a
pessoa de Jesus Cristo, pois ele simplesmente é. Mas a forma da abordagem e sua
divulgação não expressam a realidade e carecem de uma lógica inteligente.
Primeiramente, a colocação pode levar a
crer que a prática fundamentalista é o que caracteriza a Assembleia de Deus, e
não acredito que isto seja uma premissa verdadeira. Dentro dela, eventualmente,
podem se manifestar fundamentalistas ou alguns que não entenderam bem a mensagem
do Evangelho. E isso pode ocorrer em qualquer denominação, seita, partido
político ou empresa. Até mesmo os que se dizem ateus podem ser
fundamentalistas. E qualquer pessoa, submetida a experiências traumatizantes,
onde quer esteja, até mesmo em sua casa, escola, trabalho, pode ser vítima e
carecer de tratamento posterior.
Ressalto, desta forma, o quanto há
ainda de desconhecimento da proposta mais libertadora que existe ou poderá
existir. Embora sejamos todos originalmente devedores, nem todos conseguem
perceber, por causa de cegueira e dureza de coração, sua condição de devedores e
tamanho de sua dívida. Deixam por isso de experimentar a liberdade plena e a
vida abundante, o que é profundamente lamentável.
Com carinho,
Flávio e Aline
rosadesarom.net
06/04/2013
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