As leituras que fazemos
... e conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará.” (João 8:32)
Estamos acostumados a ouvir comentários e avaliações sobre o índice de alfabetização em nossas cidades e na nação brasileira, e sabemos muito bem o quanto é importante um povo alfabetizado. Os que não sabem ler nem escrever não podem dizer que gozam de liberdade, pois nas mínimas coisas dependem de outros e podem facilmente ser levados ao engano.
No Livro de Oséias 4:6 diz que o povo perece porque lhe falta conhecimento, e isso é uma tremenda verdade. Como o conhecimento será alcançado se não houver a habilidade da leitura? E como as orientações da parte de Deus serão conhecidas se Sua Palavra não for lida? A pregação é uma alternativa, mas é recomendável que ela seja confirmada através da consulta à origem, através da leitura do que está escrito.
Sabe-se, também, que a coisa mais importante é o entendimento ou a compreensão daquilo que lidamos, pois assim como compreendemos iremos agir. Acreditamos no que compreendemos e agimos conforme acreditamos; por isso é a coisa mais importante. Se compreendermos corretamente, a probabilidade de termos êxito é muito grande. Mas, se compreendermos mal, agiremos com base nisso e obviamente não poderemos ter êxito no que pretendemos alcançar.
O interessante é que, alfabetizados ou não, todos nós fazemos constantemente leituras a respeito de muitas coisas com as quais lidamos. No trânsito, na política, na economia, nas conversas, nos relacionamentos, inevitavelmente fazemos leituras e sempre nos baseamos no que percebemos. Tiramos conclusões, julgamos, decidimos, enfim, a compreensão que temos acerca dessas leituras, não necessariamente expressadas por letras ou números, serve para nortear nossa vida e comportamento. Somos, então, resultado das leituras que fazemos.
Bem, se o entendimento é a coisa mais importante, creio que não deveríamos ser tão apressados nas conclusões acerca do que vemos. Deveríamos procurar com muita atenção o entendimento, buscar o relacionamento com Deus, conhecer os Seus pensamentos, e, com base nas revelações que dEle recebermos, decidir sobre nossas ações.
Outra questão que merece atenção é o ensino e a disciplina. Considerando que a compreensão é fundamental, ao ensinar, devemos ter o cuidado para que a explicação seja apresentada com a melhor didática, com paciência e longanimidade, para que a expectativa em relação às ações dos que estão sendo ensinados não seja frustrada. Por outro lado, quem está querendo ou precisando aprender deve abrir-se para ouvir e esforçar-se para compreender. Jesus, quando dizia: - “quem tem ouvidos para ouvir, ouça”, certamente apontava para a importância de uma audição acompanhada de uma efetiva compreensão.
Então, podemos em muito colaborar com nosso futuro buscando a excelência no entendimento de tudo que nos é importante e pedindo a Deus discernimento para saber o que realmente é importante. O nível da nossa liberdade é diretamente proporcional ao entendimento que alcançamos. O Reino de Deus propõe a liberdade, um governo que só pode ser exercido por aqueles que são verdadeiramente livres, conhecedores dos seus deveres e direitos, que não se deixam enganar nem enganam valendo-se de manipulações ou qualquer tipo de influência afastada da verdade.
(fgh)
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